domingo, 13 de dezembro de 2009

Onde viveu e morreu D. Amélia, a nossa última rainha

Desde que li o livro "Eu Amélia a última rainha de Portugal" que fiquei curioso por saber mais da vida desta grande senhora. Tudo o que leio sobre a Rainha D. Amélia faz aumentar o interesse em mim não só pela sua vida e obra como, no geral pela monarquia. Depois de ter visto no Facebook do Gabriel uma digitalização de um postal envia pela rainha ao avô dele, fui procurar onde exactamente a nossa última rainha viveu durante durante mais de 30 anos do exílio da família real.

Descobri o chalet de Bellevue, hoje pertence de um organismo do estado. Fica na vila de Chesnay, junto a Versalhes. É fácil de se lá chegar. Contornei todo o quarteirão, olhei as janelas enquanto pensava qual delas seria a do quarto de D. Amélia, onde ela pediu para ser levada para Portugal. Duas ruas ao lado do chalet, há uma pequena avenida de nome Avenue de la Reine Amélie. O chalet fica na Rue du Plateau Saint Antoine, no número 15. Uma entrada em arco, com o nome Bellevue e um portão de ferro dão para a porta principal da casa. Quantas vezes terá D. Amélia passado por ali? Do lado esquerdo do portão está uma placa com a informação que ali viveu a Rainha D. Amélia de Portugal Princessa de França entre 1922 e 1951, ano da sua morte. Dos dois lados dos portões há suportes de bandeiras, onde devem ter sido colocada a bandeira de Portugal durante a II guerra, que marcou aquela zona como portuguesa, protegendo dos ataques alemães.
Tanto a avenida como a Rue du plateau Saint Antoine, rua do chalet, começam na praça de Saint Antoine onde se situa a igreja de Saint Antoine. I


Entrei calmamente, pensado que era ali que ia muitas vezes D. Amélia. Quando se entra do lado direito encontra-se uma imagem de Nossa senhora que foi oferecida por um grupo de monárquicos a D. Amélia, e que possivelmente ela terá doado à Igreja. Diz que é uma Nossa Senhora de Fátima, mas bem diferente daquelas que estamos habituados a ver. A pintura da imagem é da autoria de Ernesto Martins dos Santos.

Um olhar bem perto pelos lugares onde D. Amélia viveu, passeou, sofreu, sentiu saudades de Portugal e dos portugueses. Ela que se dizia francesa de sangue e portuguesa de coração. A beata leviana como a intitularam os republicanos, essa beata que quis regressar a Portugal, que tanto ajudou Porugal, que tanto amou o nosso povo. Seria ela assim tão leviana?


1 comentário:

André SD disse...

Nada leviana.Mesmo. Corajosa, resistente, persistente, convicta! Uma Rainha e uma Senhora. Locais como esses, mesmo não sendo casas-museu, são lugares onde se constroi a nossa Memória colectiva. São eles próprios um enorme tijolo desse edifício que é a nossa Identidade.