quarta-feira, 30 de julho de 2008

Os papás adoptivos vêm a Innsbruck em Novembro!

A minha VESPA



Andava aqui às voltas nos favoritos e entrei no blog da Aina Paula e o que eu encontrei?!?!? Que saudades... Mas o meu mano David está a tratar bem dela, assim eu espero.

"Segunda-feira, Dezembro 04, 2006

a minha vespa #1
o filipe comprou uma vespa há 4 meses! já tinha mota. uma velhinha, a primeira que comprou quando tirou a carta de mota. uma honda transalp 600 já com 14 anos. numas das primeiras idas desta mota à oficina, ficou com os olhos postos numa vespa 150 preta de assento cor de laranja. "achei que era os meus olhos..." disse. passados dois anos, nos 60 anos da vespa, resolveu vender a velhinha transalp e comprar uma vespa nova a estrear!depois desse dia as pessoas olham e reparam na mota do filipe. muitas sorriem à sua passagem, o que o faz pensar "interessante, como é que um objecto, por muito engraçado que seja, não passa de um bem material, pode criar tantos sorrisos numa sociedade que parece não sorrir".outro dia, num destes fins de tarde, o filipe estava parado num semáforo na rotunda de alvalade, aquela que tem o santo antónio. ao lado dele parou uma personagem numa acelera. "perguntou-me se já tinha a mota há muito tempo, disse-lhe que tinha dois meses". claro que esta personagem quis saber a cilindrada e se estava contente com a mota. o filipe abriu um sorriso "é uma 150 cc, que já tinha feito a primeira revisão 1000km e que estava satisfeito". despediram-se quando o sinal passou para verde, dizendo a voz de dentro de capacete que "ia comprar uma".passadas umas semanas, talvez duas, um domingo de manhã, o filipe ia a sair de casa e no primeiro semáforo onde pára, repara que estava já parada uma mota igualzinha à dele, e pela matricula devia ter dias... ao parar, o filipe ouve uma voz "vês, eu disse-te que ia comprar uma!" a cara do outro lado sorriu... o sinal passou para verde e arracaram."

terça-feira, 29 de julho de 2008

Wien

Isto de se trabalhar horas a fio durante muito tempo tem que ter a sua recompensa. Só noutras coisas é que "me gasto sem esperar uma recompensa". Não é que seja uma recompensa, mas de vez enquando podemos tirar umas folgas pelo tempo que trabalhamos a mais na maior parte dos dias. Na sexta-feira passada foi o que fiz.
Às 2:27 da manha de sexta meti-me no comboio e por volta das 8 da manhã estava a chegar a Viena, sim Viena de Áustria como geralmente os portugueses dizem! Resolvi ir conhecer a capital do país que me alberga e de que eu tenho falado tão mal. Aproveitei para visitar uma velha amiga, não é que seja amiga de longa data, mas é mesmo pela idade. Vai fazer 70 anos. Lorne de seu nome, inglesa a viver em Viena há 35 anos. Conheci-a aquando do ICNE (Congresso Internacional para a Nova Evangelização). Se bem se lembram foi no ano a seguir ao encontro de Taizé. Como eu tinha albergado dois polacos do encontro de Taizé, a paróquia do Campo Grande na altura pediu-me para acolher uma pessoa do ICNE. Eu fi-lo com todo o gosto. Tive nessa altura o prazer de conhecer esta ilustre senhora, cheia de graça e boa disposição.
Depois de lhe bater à porta e de darmos um grande abraço, foi tempo de tirar os sapatos e de conhecer o desarrumado apartamento e por a conversa em dia. Depois de me dizer que iria ficar à vontade porque ela ia para casa do ex marido (isto é que é uma amiga!) foi tempo de dormir um pouco, até á hora do almoço.

Lorne e Isabel

O almoço, como combinado previamente com a Lorne, seria com ela a convite dela e com uma vizinha amiga oriunda de Portugal. Ás duas da tarde lá fomos nós almoçar a uma bela esplanada junto do museu Albertina e do palácio Hofburg. Depois de almoço, quatro da tarde, dei uma volta pelo jardim e fui até à zona mais túristica. Visitei a catedral, Peter's kirche onde a final da tarde assistí a um concerto de orgão. Uma tarde agradável a palmilhar as ruas de Viena.


Reflexos / Catedral



Orgão St Peters Kirche


Sábado, comecei o dia com um pequeno almoço ao ar livre em Museum Quartier, entre o museu de arte moderna e o museu Leopoldo. Daí segui para o museu Albertina, onde admirei algumas obras de Paul Klee, Monet, Picasso que estavam em exposição e aindo foi possível ver obras de artistas como Leonardo, Michelangelo, Albrecht Dürer, Rembrandt. Vale a pena visitar, tenho visitado nos últimos anos museus como Louvre, Van Gogh, Ricks museum, e este não se fica nada atrás apesar de dimensão mais pequena. O Albertina está instalado num edifício que era parte do palácia para albergar as visitas.

O reflexo por baixo de albertina é parte do edifício da opera

Depois do Albertina fui até ao Nach market, onde caminhei e almocei. Um mercado de comidas, vegetais, frutas e com uma parte do género feira da ladra. Foi uma volta não muito longa. Segui daí para a Karls Kirche. Apanhei o final de um casório e aproveitei para ouvir um quarteto de cordas que estava a tocar à saída da igreja para os convidados. Depois dos noivos darem de fuga visitei o interior e tive a oportunidade de subir e observar a cúpula interior de perto. Estão a restaurar os frescos e têm um elevador montado nos andaimes para as pessoas poderem subir. Daí saí e fui ter com a Lorne e assisti à missa com ela.

Karlkirche

Frescos




No Domingo e último dia foi todo a visitar Schönbrunn. Se vale a pena! Um magnífico palácio, construído pela imperatriz Mª Teresa. Essa mulher que deu à luz 16 filhos e reinou sózinha após a morte do marido. Fiz uma visita intermédia e visitei 40 salas das 1000 e tal que o palácio tem. Ainda tive alguns minutos para vislumbrar os jardins. Depois foi correr para não perder o comboio. Preciso de voltar muitas mais vezes. Viena tem imenso para ver.

terça-feira, 22 de julho de 2008

É neve senhores, é neve!


Eu também não queria acreditar, mas de facto as montanhas estão brancas. Este é o comprovativo forecast! Nordpark é a estância de ski mais próxima de Innsbruck, as montanhas que vejo da minha janela, fica a cerca de 20 minutos de Innsbruck. Será que o Natal está a chegar? Talvez possa começar a fazer snowboard já amanhã!!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Epá, que se passa com este blog? Já viram por onde andam os últimos 100 visitantes? Um dos pontos brancos nos states é meu, mas e os outros?

Seefeld

Ontem, sádabo de sol fui passear para as montanhas. Embora sózinho fiz-me ao caminho. Olhei o meu mapa dias antes, pesquisei na net e encontrei uma aldeia chamada Seefeld. Encontrei-a porque procurava um sítio onde podesse caminhar na montanha e podesse à tarde apanhar sol. Ora, Seefeld tem um lado com uma pequena praia fluvial (se é que uma praia de um lago se chama assim).


Apanhei o comboio da manhã em direcção a Seefeld. Meia hora de viagem e cheguei à aldeia, muito turística mas muito agradável. Foi procurar o ponto de partida e escolher um percurso. Essa tarefa aqui não é complicada, geralmente todos os percuros estão marcados em placas com tempo, distância e grau de dificuldade. Escolhi um que subia uma pista de ski. 5,5km até aos 1500m de altura: Gschwandtkopf.


Lá fui andando, sózinho, pelo meio da natureza. Quase todo o percurso é no meio de árvores. De quando em quando lá vem uma aberta para apreciarmos a paisagem. A norte olham-se os montes que separam da Alemanha, a sul contempla-se o vale até Innsbruck. Lá fui subindo e depois de mais de duas horas cheguei ao topo e pude olhar em todas as direções! Parei um bom bocado para comer, relaxar e contemplar a paisagem.


Para baixo fiz um trilho que serpenteia uma pista de ski. Mais directo e mais rápido, a pressa para chegar ao lago era alguma. Ainda deu para procurar alguma vaca da milka, mas nada, devem andar com a Heidi, porque não lhes pûs a vista em cima.

Cheguei a Wildsee por volta das 2 e meia. Tive a tarde toda feito lagarto ao sol alternando com banhos na água gélida. Apanhei uma corsita, tenho que aproveitar já que este ano sem praia, não sei não!

domingo, 20 de julho de 2008

Povo austríaco

Pediram-me num comentário feito no post "Já em Innsbruck" para fazer um post sobre o povio austríaco. Como as audiências andam por baixo há que não perder leitores. Vamos lá ver o que eu posso escrever sobre este povo depois de 9 meses de me ter mudado para cá.
O povo que conheço melhor e já bastante bem é o povo do Tirol. Cada vale dos Alpes alberga uma terra ou uma sub região um motivo pelo qual há tantos dialectos nesta região. Se pensarem no período de inverno em que muitas aldeias ficam isoladas pela neve compreendem que é fácil de adquirir costumes e formas de falar diferentes entre lugares que ficam perto. Na forma de vida isto faz-se também notar. Os tiroleses são pessoas extremamente frias e distantes. Vivem no seu vale e não se importam muito com os outros. É um contraste muito grande para povos como o português. Geralmente não há cumprimentos, quando há é só aperto de mão. Não há beijos nem abraços. Para mim isso foi muito estranho no início, cumprimentar raparigas com um aperto de mão! Agora torna-se normal...
Quanto há maneira de vestir, uma coisa que a mim me mete muita confusão, não há brio. Os meus colegas incluindo o meu orientador vestem-se para ir trabalhar como se fossem para o campo. Ele é sandálias com meias, calções e meias subidas, bem esticadas quase a tocar nos joelhos. Durante o verão e o calor as t-shirts suadas servem para alguns dias seguidos! O banho esse não é amigo! Mas nem todos os tiroleses são assim. Se olharmos as ruas depois de uma ópera ou de um concerto, vemos pessoas bem vestidas. Mas é uma minoria. Se se for para Salzburgo, as pessoas já são completamente diferentes na maneira de vestir. Vê-se pessoas bem arranjadas pelas ruas.
Quanto aos austríacos no geral, tem uma coisa em comum, é a raiva e obcessão contra os alemães. Podemos compreender como algo que ficou da II guerram, e que talvez leva algumas gerações a desaparecer, mas eu creio que não desaparecerá nunca. Acham que são os melhores do mundo, uma coisa que a mim me irrita solenemente. É lógico que têm muita coisa boa, e que são bons em muita coisa porque são um país rico, mas isso não faz deles os deuses do universo. A relação com os alemães, é comparável à gente do Porto pela maneira como fala em relação a Lisboa. Não é a Alemanha ou Lisboa que quer ser superior em realação à Áustria ou ao Porto. É por sua vez a Áustria ou o Porto que se inferiorizam.
Estes são os pontos que me lembro à piori. Vou tentar ter o cuidado nos post que escrevo de dar mais enfase à cultura austríca. Note-se que estou numa fase de negação em relação a esta gente devido problemas vários, isso pode justificar a visão tão denativa da coisa.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Já em Innsbruck

Depois de ter chegado e do jetlag já ter quase passado, é hora de descrever um pouco (com fotos) os dias passados nos states. (Pedro Jorge já não tens razão de me cobrar este post!)

Radiation Chemestry é o nome da conferência que assisti. Desta vez sentí-me mais em casa, no meio de tantos químicos, ando sempre no meio de físicos! Como já vos disse, a conferência realizou-se no estado de New Hampeshire, na aldeia Watterville Valley. Uma estância de ski, apesar de as montanhas serem mais baixas que a Serra da Estrela. O ambiente foi bastante giro, tive oportunidade de contactar com imensos cientistas de todo o lado, mas a maior parte americanos.
Depois da ciência, aproveitei já que estava do outro lado do Atlântico, e já que voei para Boston de ficar uns dias para conhecer Boston. Não tinha a minima ideia do que era a cidade, nunca me interessei muito pelos Estados Unidos. Fiquei alojado numa pousada da juventude no centro da cidade. Barato, e como estava sózinho não poderia ter feito melhor escolha!



Na sexta-feira cheguei a Boston antes de almoço, fui à pousada fazer check-in e deixar as tralhas e fiz-me à cidade. Desci até ao centro a pé. Senti-me peqeuno no meio de tanto prédio grande! Apesar de andar de guia na mão, não foi preciso consultar muitas vezes. Se se andar no sentido que andam os outros, lá se vai ter aos principais pontos. Foi uma volta de reconhecimento!


No sábado dediquei-me a Harvard e MIT. Isso já descrevi, ficam só fotos.


Um aluno de Harvard



MIT

No domingo fiz a tão famosa Freedom Trail. Acho que toda a gente que vai a Boston tem de fazer. É um percurso que vai pelos principais pontos históricos da cidade. Há muita coisa que não tem muito interesse, a história não é muita, mas é uma forma de se conhecer pontos vários com interesse no meio da cidade. Este percurso está marcado através de uma linha vermelha no chão ou por uma linha dupla branca.
Parlamento de Massachutsetts
Varanda onde foi lida a declaração de independência. Vê-se o leão e o unicórnio símbolos britânicos

Casa de Paul Reverse. Casa mais antiga de Boston


Depois da Freedom Trail fui ao museu da ciência. Nunca estive no de Lisboa, uma falha que tenho. Mas não achei este por aí além, infelizmente não posso comparar com o nosso. E visitar este museu sózinho perde muito. Ainda brinquei com alguns míudos, mas não é a mesma coisa.

Na segnda resolvi seguir uma sugestão Lonely Planet e inscrever-me numa photowalk tour. Tinha o dia todo livre e como já tinha andado por toda a cidade, dediquei-me à fotografia. Já tinha passado por todos os pontos da tour, mas desta vez foi apenas para tirar fotos. Não foi nada de extraordinário, mas valeu a pena. Aqui ficam alguns dos resultados.