Ontem foi dia de caminhada. Na semana passada durante os almoços começamos a falar em ir fazer um trekking este domingo. No final acabei por ir eu e a Michaela, uma colega do grupo que estudou 6 meses em Portugal e fala um bocadinho de português. Mais ninguém se juntou a nós, mas não foi por isso que ficamos em casa. Depois de ter estado o dia todo de sábado na sorna a recuperar da noite anterior, tive coragem para no domingo acordar cedo para começarmos cedo a caminhar. Mesmo assim encontramo-nos às 9:30 e apenas às 10:30 começamos a andar. O destino era Frau Hitt e Brandjochspietze. Foi dificil de convencer a Michaela que podiamos ir para o destino que ela queria, mas a rapariga estava cheio de medo que aqui o português não aguentasse por só estar habituado a caminhar na praia. Mas deixem que já vos contos. Subimos de teleférico até Seegrube e daí começamos a andar depois de escolhermos bem o trilho no mapa do português.
Depois de escolhido o trilho foi por pernas ao caminho e começar a andar. Tinhamos algumas horas pela frente, pelo que há que não perder tempo. Andando e conversando um pouco em português um pouco em alemão e a maioria em inglês. Gente havia muita, é natural aos domingos, mas à medida que nos afastamos do teleférico foi ficando cada vez menos. Ao primeiro ponto chegámos depois de umas horas de caminho, Frau Hitt. É uma rocha com 2339 m de altura, com uma cruz no topo. Até aqui estivemos sempre a andar no lado sul de nordkatte, perto de Frau Hitt atingimos o topo da cordilheira e aí foi possível deslumbrar o mar de montanhas para o lado norte, sobre a Alemanha.
É claro que quando cheguei perto do monte de rochas de nome Frau Hitt, que a minha vontade foi trepar por ali acima que nem uma osga, mas tive logo uma voz a dizer não, é muito perigoso. Enfim, comecei a ver em que tipo de praia estou eu habituado a caminhar, e onde é que esta gente das montanhas tem coragem de trepar por ali a cima! Cedi, um pouco frustrado, mas o pico a seguir Brandjochspietze puxava muito mais, devido à altura e acredito que a vista seria muito mais espectacular. Lá nos pusemos a caminho, por um trilho cada vez mais estreito no meio de rochas e com o ar cada vez mais frio.
Lá fomos subindo por entre as rochas. Cada vez mais frio e cada vez mais escalada em vez de caminhada. Chegou um ponto que já se tinha de subir com ajudas de cabos, o gelo era bastante e o pseudo caminho cada vai mais estreito, nada próprio para pessoas que tenham vertigens. Foi nesse ponto que a menina das montanhas convenceu o português que estava decidido a ir até ao topo, a ficar por ali porque ela já não conseguia ir mais longe. aproveitei para almoçar porque já estava meio esfomeado.
Depois do almoço e de pão ao corvo foi altura de descer, parte difícil. Piso cheio de pedra solta e muito a pique. Detesto descidas. Pelo caminho aproveitei para ligar à Carla Sofia e dar-lhe os parabéns pelo 31 onde se meteu. Descemos até Höttinger Alm para saborearmos um café e nos refrescarmos com uma magnífica cerveja.
A rocha pontiaguda que se vê do lado direito é Frau Hitt, andando para a esquerda e subindo, o primeiro pequeno cotovelo que se vê quase no topo foi onde almoçamos e mais acima no topo é Brandjochspietze.