terça-feira, 4 de março de 2008

...

Porque se tu me quisesses
eu saberia que a vida me ofereceria um presente.

Porque se tu me quisesses
eu seria o carvalho frondoso que te cobiçara.
E acontece que ao passares
a natureza, que sente o odor da tua pureza
quer aos gritos instalar-se no teu caminho
como se fosse uma alameda
que embeleza, delimita e protege os trilhos
a tua vereda.

Porque se tu me quisesses
eu saberia que a vida me premiava,
não pelos meus sofrimentos,
nem pela dureza dos meus tempos
nem pela minha infância imperfeita
que isso qualquer um viveu.

Recompensar-me-ia por ter a visão certa
por saber que tu não és
mais um que deambula pela vida,
por ver que o teu passo deixa marcas,
que por onde pisas a erva cresce verde e forte,
que as árvores não têm preguiça
de forçar a seiva a alimentar a sua beleza
para conseguir que teu olhar pose em sua casca.

Pois tu clamas à vida e a vida a ti se une e não te larga
porque a essência humana se reflecte
no teu olhar de homem bom, na tua doçura
no teu saber estar
na tua preseça natural
no teu amor flexível pelos outros.

Porque a minha alma se distende
e os meus músculos se relaxam,
e todo o meu ser se reconforta
na tua presença
real ou inventada.

Porque se tu me quisesses
fecharia os olhos à razão
junto aos teus
e não mais queria erguer a cabeça.

Se tu quisesses sacudir o teu caminho
Como se de um tapete verde se tratasse
E o plantasses junto ao meu em paralelo...

(este poema foi-me enviado, não é da minha autoria. Quem o escreveu foi uma espanhola chamada Auxi )

2 comentários:

Anónimo disse...

Agora és poeta.
Depois da memória triste da tua primária, faz-nos bem um pouco de poesia.
A tua professora batia
O meu professor bebia
ao terminar eu nada sabia
Um abraço dos F+S.

Anónimo disse...

Se é poeta eu nao sei, mas que o nome da autora espanhola deste excelente poema está em falta, lá isso está hehe. E já agora o do tradutor!